50.59%
(2745491 votos)
CAVACO SILVA
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Depois de um longo aplauso, Cavaco Silva começou por saudar "todos os portugueses", que "acorreram às urnas de voto numa percentagem significativa" e que "dizeram com clareza quem queriam" como Presidente da República.O candidato agradeceu a todos os que nele votaram e aos seus mandatários, bem como a todos que participaram na sua campanha. Os agradecimentos estenderam-se ainda aos partidos que o apoiaram, PSD e CDS-PP.
Cavaco Silva prometeu que, enquanto Presidente da República, irá cooperar com o Governo e restantes órgãos de soberania, num "espírito leal e de entreajuda". "De mim, o Governo legítimo de Portugal, como os demais órgãos de soberania poderão esperar um espírito leal, de respeito, de cooperação e entreajuda", afirmou, na primeira declaração após ter sido eleito Presidente República com 50,59 por cento dos votos.
Numa declaração de cerca de 15 minutos no Centro Cultural de Belém e sem direito a perguntas, Cavaco Silva encerrou o capítulo das presidenciais. "Neste exacto momento se dissolve a maioria que me elegeu. Quero ser e serei o Presidente de todos os portugueses", disse, sublinhando que as pessoas estarão no centro das suas preocupações enquanto chefe de Estado.
Aníbal António Cavaco Silva
(Economista, Político e Professor Universitário) 15-7-1939, Boliqueime, Loulé.
Formou-se em Lisboa, no Instituto de Ciências Económicas e Financeiras, em 1964, e ali passou a ensinar a partir de 1966. Na Universidade de York (Reino Unido) doutorou-se, em 1973, com a tese Economic Effects of Public Debt. Professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa (desde 1979), da Universidade Católica (1975) e director do Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, assumiu em 1980 a pasta de Economia e Finanças no governo de Francisco Sá Carneiro, demitindo-se em 1981 e recusando-se depois a integrar o novo executivo liderado por Francisco Pinto Balsemão após a morte de Sá Carneiro.
Em Maio de 1985 assumiu a liderança do PSD, levou o partido a ganhar as Eleições Legislativas realizadas em 6 de Outubro de 1985, tornando-se o primeiro-ministro do 10.º Governo Constitucional. Após as eleições legislativas de 1987 e 1991, em que seu partido obteve maiorias absolutas, constituindo, respectivamente, o 11.º e 12.º Governos Constitucionais. Depois de perder as Eleições Presidenciais em 1996, que deram a vitória a Jorge Sampaio, afastou-se da vida política e prosseguiu com a carreira docente.
Em finais de 2005, recandidata-se a Presidente da República contra Mário Soares, Manuel Alegre, Jerónimo de Sousa, Francisco Louça e Garcia Pereira.
SIC
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