domingo, janeiro 14, 2007

Certificação TST (e o respectivo contraditório)

Estava eu no site dos Transportes do Sul do Tejo (TST, pós amigos, vizinhos, inimigos...) e não é que encontro a referência que explica os motivos pelos quais esta empresa de transportes colectivos é certificada...
Para todos aqueles que não acreditam, para aqueles que não querem acreditar e para aqueles que acham que só com subornos isto algum dia podia ter acontecido, fica parte do texto:
"A empresa Transportes Sul do Tejo (TST) foi certificada com o Sistema de Gestão da Qualidade, concedida pela APCER – Associação Portuguesa de Certificação, de acordo com a Norma NP EN ISO 9001: 2000.

A Política de Qualidade definida pela administração da TST visa contribuir para a eficácia e eficiência do Sistema de Transportes de passageiros na Península de Setúbal proporcionando um melhor nível de vida da população que serve e um adequado nível de mobilidade aos agentes económicos da região.

A atribuição do Sistema de Gestão da Qualidade à TST é o reconhecimento das medidas que a empresa tem vindo a implementar para:
- a regularidade, conforto e segurança do serviço que presta;
- o cumprimento integral dos compromissos assumidos com os clientes;
- o aumento do grau de satisfação dos clientes;
- a adequação da oferta à procura (percursos e horários);
- a racionalização dos recursos e métodos utilizados;
- a melhoria da qualidade ambiental;
- disponibilizar informação correcta e actualizada;
- a valorização pessoal e profissional dos seus colaboradores através de programas de formação; - a renovação do sistema de bilhética;
(...)"
Ora bem, aqui vai o meu contraditório para com a TST e para com a dita empresa de certificação.
1º ponto - a TST pode estar até a fazerum esforço para que os autocarros passem nos horários certos, mas todos os utilizadores, sabem que isso é algo que nunca, ou rarmente, acontece.
2º ponto - conforto, em veiculos que por dentro estão todos pintados de castanho - m****, sujos e sacos plásticos e outros objectos a flutuar..., é piada!
3º ponto - da segurança, recuso-me a falar!
4º ponto - se os fumos que saem do escape daqueles autocarros são respeitadores do ambiente e representam uma melhoria neste campo, imagina só como eles não eram antes!!
5º ponto - "renovação do sistema de bilhética", se estão a referir-se à alteração dos preços dos pré-comprados de 3 em 3 meses (sendo que os outros ficam inutilizáveis), acho que não é algo muito positivo, mas é somente a minha opinião! Neste ponto também vale a pena focar o facto de ainda não terem colocado as máquinas para o Lisboa Viva.
Outro pontos a focar e que só por si, já são merecedores de a empresa não receber a dita certificação.
1º ponto - os autocarros têm mais de 20 anos, andam mal e aos solavancos, por vezes, quando vão abaixo nem conseguem arrancar!
2º ponto - digamos que se uma pessoa tivesse uma condução igual à dos motoristas (isto, comparativamente), já à muito que lhe tinham retirado a carta! Não sabem fazer parar um autocarro sem que as pessoas tenham de dar 3 mortais para trás e 2 piruetas!
3º ponto - enquanto em Lisboa, a Carris tem um preço único para toda a cidade , na TST, o preço muda de uma freguesia para a seguinte, dentro de uma cidade como Almada (Lisboa - 84.8 km² vs. Almada - 70.0 km²)!
4º ponto - comparativamente com a Carris, os preços da TST são um roubo!
Uma pergunta para finalizar, para os consumidores ficarem melhor, porque é que as instituições (in)compententes não promovem a concorrência neste sector? Sendo que assim, as empresas poderiam lutar através da qualidade do seu serviço, dos preços praticados,....

5 comentários:

Anónimo disse...

Eis um assunto sobre o qual sinto um certo interesse. Compreendo as razões que levam a este post até concordo com a maior parte delas (basta ter olhos na cara...). Porém ao mesmo tempo há que reconecer que a TST aos poucos tem tentado colmatar algumas lacunas existentes na sua frota. Começam agora a aparecer com maior frequência autocarros como o MB O405NU ou o MB O405N2. Ao mesmo tempo ainda vemos um igual numero de autocarros articulados. Arriscar-me-ia a disparar um média de frota de autocarros com cerca de 16/17 anos. Porém há autocarros bons e menos bons. Há que saber distinguir os bons dos maus e enquanto houver a serviço os primeiros MB O405 que entraram a serviço na TST (600 em diante), continuarão a existir queixas, seja porque não há climatização em algumas das viaturas, seja porque chove no seu interior... Mas vão sempre existir. Além disso não podemos comparar a CCFL com a TST, são duas empresas com propósitos diferentes, com objectivos diferentes, e acho que como tal o máximo que podemos comparar são os preços dos bilhetes, e se falarmos em bilhetes pré-comprados as diferenças de preço não são assim tão dispares. Há ainda que ter em conta o impacto ambiental. Não me importaria muito do impacto ambiental das viaturas com motores atmosféricos por exemplo se quando fosse para Lisboa (como o faço todos os dias), não visse filas e filas de viaturas paradas com uma única pessoa no seu interior. Atendendo a uma amostra de 100 pessoas que atravessem a ponte pela manhã, se tal corresponder a 75 viaturas, a gastarem uma média d 8l/100km, dão 600l/100km. Se fizermos uma média de 50 pessoas/autocarro na Ponte 25 de Abril, na viatura 348 das 0715 a fazer a carreira 160 com destino a Praça do Areeiro, e com médias a rondar cerca de 42l/100km, com mais outra carreira com o mesmo trajecto gastar-se-iam 84l em cada 100km, em vez de 600l, se essas pessoas decidirem trazer os seus automóveis para os empregos. Isto para dizer que, acima de tudo, é cada vez mais urgente criar uma política eficiente de Transportes Públicos!!! Não se pense que as coisas na Margem Sul com o Metro vão melhorar. Vão piorar e bastante!! Porquê?! Porque vai continuar a não haver incentivos a que os cidadãos andem e circulem de Transportes Públicos. E vai continuar a existir uma crescente poluição. E as condições de tráfego vão piorar ainda mais!!!

Fico-me por aqui. Abraço []

Anónimo disse...

O qé q s pod dizer da Tst: reconheço q têm feito 1 esforço pa melhorar um bocado a frota (cõ os marcopolos os 405nu) mas concordo qd dizem q "os preços da tst são um roubo". pelo menos no sector do seixal a média de idades dos autocarros é demasiado elevada, a frequência de carreiras é mt x insuficiente (103,107) os horários de fds têm 1 freq. mt reduzida. Qt aos atrasos existem algumas carreiras mt problemáticas (159,103) e outras q têm alguns pontos negros mas ainda assim ñ é o pior da tst. No sector do sx o melhor são os q circulam no 162 e no 168(401,402,408,410,411,427,776,779. o pior são aqueles articulados q s arrrastam (e avariam-se...) no 103,107....concordo cõ o irens política de tranportes públicos decente é pa qd? século XXII ou qd portugal for engolido por espanha?

João Daniel disse...

Pah, eu não tenho tido estrilho com a TST (ultimamente), mas o serviço deixa muito a desejar!
abraço [][]
P.s: voltarei em breve (antes do mark henry)

tiago disse...

Ao comentar com outros passageiros vejo que não sou só eu que acho que a qualidade dos serviços TST roça o medíocre.
Por mais que os clientes se queixem nada é feito mas aqui vai:
- "ar reforçado" constantemente ligado tornando o autocarro um frigorifico sobre rodas, como este ar não é projectado da mesma forma no motorista, estes deviam ter noção do que se passa no resto do autocarro, por mais que os passageiros se queixem isto permanece;
- a manutenção deste "ar reforçado" ou ar condicionado é péssima, é notar quando este é ligado, o cheiro que vai surgindo no veiculo bem como muitas pessoas a começar a tossir;
- a troca de filtros deve ser feita uma vez por mês, como é óbvio, isto não acontece;
- notei várias vezes que há motoristas que não andam identificados;
- alguns dos autocarros têm mais de 20 anos de uso e estão mal estruturados para transportar o número de pessoas que transportam todos os dias;
- os bancos estão demasiado próximos uns dos outros, ou em muito mau estado, alguns têm as campainhas de stop colocadas no tecto do veículo!?
Por fim, cobram entre 100-120€ por mês para se poder ir trabalhar para Lisboa enquanto se viaja nestas condições.
Infelizmente utilizar agora Fertagus não me é prático para chegar ao trabalho e não tenho alternativas, senão voltava a usar o comboio num piscar de olhos, ou qualquer outra coisa, e a pagar o mesmo, porque esses não se equiparam aos contentores em que se viaja na TST.

P.S.: o site da TST é outro mimo... é tão funcional como uma roda quadrada.

Anónimo disse...

Este post é antigo, mas não posso deixar de responder.

Tenho "ASCO" algo mt superior ao nojo, quando entro num autocarro da TST. Frequentei a Fertagus, autocarros e comboio durante 9 anos seguidos.
O anti-higiénico é a palavra de ordem daquela empresa, que preferiu despedir as senhoras que asseguravam as limpezas dos interiores dos autocarros, já nos tempos da antiga Rodoviária. Autocarros com matricula de 1980, já estive em 3 que perderam os travões numa descida, reportei o facto e feedback não houve. Compram autocarros da Alemanha e países Nórdicos onde as temperaturas não ascendem mais que 20 e tal graus no Verão e têm um Inverno Hiper Rigoroso. Transportam para aqui autocarros em fim de linha doutro país para este, onde as temperaturas não são muito baixas no Inverno e no Verão são altissimas.

Ou muito me engano ou há ali negócios pouco claros... como aqueles tanques de nojo contêm certificados?? onde os motoristas educação e formação deixam-na em casa...

Trazem constantemente autocarros já mortos num país da Europa e transitam-no para cá?

Porque não compram as frotas que a Carris não quer?

Há muita coisa estranha nesta empresa, ao qual se dá o passe para nos podermos locomover.

voumjaemboogle